segunda-feira, 22 de abril de 2013

Resposta à crise: em campo

Tudo vai caminhando bem, apesar de um rebaixamento no campeonato estadual, o que não é nem um pouco confortável. Porém, o time mostra que está em um lugar que não o pertence e as vitórias vão seguindo. Até que, de repente, uma goleada, seguida de demissão do técnico e a pior consequência: uma desclassificação para uma competição nacional, em casa, para um time que vem de longe e de longe também é seu bom futebol.

Neste momento o que deveria acontecer entre torcida e clube seria unir-se contra os  péssimos resultados. Mas, não foi o que ocorreu com a Lusa. Os torcedores, se sentiram lesionados e após os sete a zero aplicado pelo Comercial, em Ribeirão Preto, pelo Paulista A2, eles resolveram protestar, após a goleada e para completar a “crise” na partida da Copa do Brasil em que os jogadores necessitavam de seu apoio, de preto estavam e pareciam ir a um velório e esta era a intenção e viram exatamente o que esperavam: um empate, que culminou em eliminação. A tensão então tomou conta do Canindé.

Não sei se ficaram ou não satisfeitos com os protestos, que só piorou a situação. Afinal, protestar antes e durante uma partida não ajuda em nada o time, pelo contrário, desmotivam a equipe. Mas torcedor, de cabeça quente não consegue associar isso e muito menos entende que jogador, sendo ele bom ou ruim; disposto a defender o clube ou não; precisa é do apoio durante os jogos e não de pressão. Pois, já basta o abalo de seu psicológico.

(Foto: Site oficial da Portuguesa de Desportos)
Mas, como a resposta a crise se dá nos gramados. A Portuguesa venceu a segunda partida contra o Comercial, volta a liderar o grupo e fica a um passo de retornar para seu lugar de origem: a elite do Paulista. 

É bom entender que o futebol é assim. Vive de altos e baixos e não adianta virar as costas para as derrotas e eliminações. O que torna o clube gigante é ter apoio e a paz com o torcedor, assim o saldo é positivo para ambos.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Futebol interrompido. Há 19 anos.



Era 19 de abril de 1994, há exatos dezenove anos. Ainda menina, com nove anos, acabara de conhecer o Palmeiras e não imaginava que existia a Portuguesa de Desportos. Neste dia a conheci, não da melhor maneira, mas foi desta forma. Morria Dener, talvez uma das maiores promessas do futebol.
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Nascido em dois de abril de 1971, na cidade de São Paulo. Aos 11 anos de idade, Dener Augusto de Souza, pisara pela primeira vez no Estádio Doutor Osvaldo Teixeira Duarte, o Canindé, onde defenderia a equipe mirim da Portuguesa de Desportos. Abandonou o futebol quatro anos mais tarde para ajudar a mãe. Perdeu o pai aos oito e junto aos irmão tinha que ajudar nas despesas da família.


Em 88, o garoto, já com 17 anos, retornou ao futebol e ao time do Canindé. Desta vez integrava as categorias de base. Antes, tentou jogar no São Paulo, mas ficou somente dois meses por lá. Já na Lusa, com o técnico, na época da equipe sênior, Antônio Lopes, o promoveu, tornando-o jogador profissional. Passou a jogar na sênior e juniores e desta forma, em 1991, fez parte da equipe que ganhava o primeiro título do clube na Copa São Paulo de Futebol Júnior e ainda foi o melhor atleta do campeonato.


Dener, vestiu a camisa da Seleção Brasileira pela primeira vez, contra a Argentina, em 27 de março de 1991. Dois anos mais tarde foi para o Grêmio para atuar, por empréstimo, por três meses. E lá conquistou seu primeiro titulo do futebol profissional. Retornou ao time do Canindé e disputou o campeonato brasileiro. No ano seguinte foi para o Rio, defender a camisa do Vasco da Gama.


E desta forma tudo acabara. Voltando a São Paulo, para se reunir com dirigentes da Portuguesa e Stuttgart, time alemão, para uma possível transferência, e para passar o fim de semana com a família, seu carro, conduzido pelo amigo, Oto Gomes, perdeu a direção e chocou-se com uma árvore. Dener dormia no banco do carona e foi sufocado pelo cinto de segurança e terminando ali, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, o que poderia ser uma brilhante carreira.


Lembro dos noticiários e vi por diversas vezes os vídeos de Dener. A única recordação de um craque, que sabia exatamente o que fazer com a bola nos pés. Muitas pessoas nem sequer se recordam ou tem conhecimento desta carreira que foi interrompida, tão cedo. Sorte do céu, que recebeu mais um gênio e azar o nosso que perdíamos há 19 anos um jogador que deu muito orgulho para o torcedor da Lusa. E que tinha tudo para encher nossos olhos com seu futebol brilhante.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Libertadores na base da raça


Durante o decorrer deste começo de ano, víamos o São Paulo entrar em campo com um bom time, porém, na prática, o que se enxergava no time paulista era uma liderança no Paulistão, que não convencia. O pior de tudo, um "Soberano", na Libertadores da América, que também não convencia, mas diferente do campeonato estadual, o time estava passando por maus bocados. Até então, um empate (em casa), e três derrotas (todas fora de casa), uma vitória apenas, contra o The Strongest, equipe que poderia ser a pedra em seu sapato na classificação para as oitavas.


O técnico Ney Franco, muito questionado, com bons atletas, mas que segundo muitos, ele não sabia mexer no time. A torcida fazia pressão e estava difícil acreditar que os paulistas fossem avançar a próxima fase. Mas acho que os 45 mil presentes ao estádio do Morumbi, nesta quarta-feira, acreditaram. E foram apoiar o SPFC.


O adversário era o Atlético MG, time de Ronaldinho Gaúcho, do técnico Cuca. Cinco jogos, nenhum empate e nenhuma derrota na Libertadores. Uma ótima campanha. A pressão sãopaulina era maior. A vaga estava para o time boliviano, ao início da partida. Até que ainda no primeiro tempo, o adversário, Arsenal de Sarandi, estava garantindo a última vaga do grupo na competição. 


No retorno aos gramados, um início de segundo tempo para o São Paulo que tinha cara do empate que os eliminaria. Os mineiros, já garantidos nas oitavas, seguiam tranquilos. E a pressão caia para o time do Morumbi. Até que um pênalti foi marcado. E o jogador que completava 80 jogos pela Libertadores da América, com 40 anos nas costas. Muita experiência, juntou a vontade de abrir o placar. Rogério Ceni, que indiscutivelmente, ainda faz grande diferença ao elenco, tanto nos gramados, quanto fora deles, tinha a missão de dar esperança aos tricolores. E foi o que fez. 


Estava nos pés do time garantir a vitória e a classificação. E com um São Paulo, como eu ainda não tinha visto este ano, um eficiente passe de Ganso, que caiu nos pés de Ademilson, o gol que classificaria o Soberano na Libertadores.


O tricolor do Morumbi, voltou à competição e mostrou que Taça Libertadores da América não vence só no papel, tem que ser na base da raça. 
As imagens de Sao Paulo 2 x 0 Atletico MG (Foto:Tom Dib/LANCE/Press)
(Foto:Tom Dib/LANCE/Press)

terça-feira, 16 de abril de 2013

De menor?



“Vou continuar no crime porque não tenho nada a perder”, palavras de um DE MENOR. Este, assim como tantos outros não temem por uma punição, pelo simples fato de que ela chega até a favorecê-los.

Até quando NÓS temeremos por algo que possa nos acontecer. Até quando seremos vítimas destes criminosos que “não tem nada a perder”. Já basta o medo dos DE MAIOR, que estão por ai, cometendo atrocidades, que acompanhamos todos os dias pela mídia, fora o que nem nos meios de comunicação chegam.

Parece que eles tiram um sarro da sociedade e se escondem atrás de seus DIREITOS. E os nossos, ficam aonde? Enquanto menores e maiores estão por ai, no crime, nós lutamos todos os dias honestamente por nossa sobrevivência. Até quando estaremos desprotegidos?

Vamos mudar isso, pra ontem. Que revejam a legislação, pois esta, já é mais do que atrasada. Afinal, a partir de um momento da vida já temos plena noção do que é certo e errado. E isso não acontece a partir dos 18, e sim, bem antes disso. Passou da hora de podermos ter um pouco mais de tranquilidade. Se ELES não tem nada a perder com o que fazem, nós temos e isso pode ser nossas vidas.
De: Fala Bahia