sexta-feira, 19 de abril de 2013

Futebol interrompido. Há 19 anos.



Era 19 de abril de 1994, há exatos dezenove anos. Ainda menina, com nove anos, acabara de conhecer o Palmeiras e não imaginava que existia a Portuguesa de Desportos. Neste dia a conheci, não da melhor maneira, mas foi desta forma. Morria Dener, talvez uma das maiores promessas do futebol.
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Nascido em dois de abril de 1971, na cidade de São Paulo. Aos 11 anos de idade, Dener Augusto de Souza, pisara pela primeira vez no Estádio Doutor Osvaldo Teixeira Duarte, o Canindé, onde defenderia a equipe mirim da Portuguesa de Desportos. Abandonou o futebol quatro anos mais tarde para ajudar a mãe. Perdeu o pai aos oito e junto aos irmão tinha que ajudar nas despesas da família.


Em 88, o garoto, já com 17 anos, retornou ao futebol e ao time do Canindé. Desta vez integrava as categorias de base. Antes, tentou jogar no São Paulo, mas ficou somente dois meses por lá. Já na Lusa, com o técnico, na época da equipe sênior, Antônio Lopes, o promoveu, tornando-o jogador profissional. Passou a jogar na sênior e juniores e desta forma, em 1991, fez parte da equipe que ganhava o primeiro título do clube na Copa São Paulo de Futebol Júnior e ainda foi o melhor atleta do campeonato.


Dener, vestiu a camisa da Seleção Brasileira pela primeira vez, contra a Argentina, em 27 de março de 1991. Dois anos mais tarde foi para o Grêmio para atuar, por empréstimo, por três meses. E lá conquistou seu primeiro titulo do futebol profissional. Retornou ao time do Canindé e disputou o campeonato brasileiro. No ano seguinte foi para o Rio, defender a camisa do Vasco da Gama.


E desta forma tudo acabara. Voltando a São Paulo, para se reunir com dirigentes da Portuguesa e Stuttgart, time alemão, para uma possível transferência, e para passar o fim de semana com a família, seu carro, conduzido pelo amigo, Oto Gomes, perdeu a direção e chocou-se com uma árvore. Dener dormia no banco do carona e foi sufocado pelo cinto de segurança e terminando ali, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, o que poderia ser uma brilhante carreira.


Lembro dos noticiários e vi por diversas vezes os vídeos de Dener. A única recordação de um craque, que sabia exatamente o que fazer com a bola nos pés. Muitas pessoas nem sequer se recordam ou tem conhecimento desta carreira que foi interrompida, tão cedo. Sorte do céu, que recebeu mais um gênio e azar o nosso que perdíamos há 19 anos um jogador que deu muito orgulho para o torcedor da Lusa. E que tinha tudo para encher nossos olhos com seu futebol brilhante.

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