Todos têm
conhecimento do que ocorreu na primeira partida do Corinthians pela
Libertadores. A história do garoto Kevin,
atingido por um sinalizador, o levando ao falecimento, tirou a
torcida corintiana do estádio. No dia seguinte à morte do garoto, a Conmebol já havia aplicado uma medida
cautelar, determinando ao Corinthians que jogue as partidas em casa com portões
fechados.
Mesmo o
clube tentando reverter a pena,
alegando que ainda seria necessário aguardar a decisão final, o recurso foi
negado, ao menos enquanto não houver o julgamento, que tem um prazo estipulado
pela entidade Sul-americana de
60 dias.
O
Corinthians entrou em campo sem o Bando de Louco, justamente porque alguém do
bando tirou a vida de uma pessoa dentro do estádio. Sim, tirou uma vida de
alguém que como a fiel ou qualquer outra torcida foi exatamente incentivar seu
time e acabou não voltando mais pra casa.
Portões
fechados, time de um lado, time do outro, reservas, técnicos, comissão técnica,
jornalistas, um helicóptero barulhento que (mais que o normal) sobrevoava o
Pacaembu e quatro torcedores. Sim. Quatro. Eles conseguiram uma liminar que permitisse
a entrada no estádio, pois já haviam garantido o ingresso, e se acharam no
direito de esquecer que houve uma morte e colocaram o clube acima de qualquer
tragédia.
O “um
minuto de silêncio” se estendeu por noventa minutos para a torcida,
(interrompido pelo apito; pelo helicóptero; pela comunicação em campo e pelos
gols do time) que longe do estádio, ficou de fora do espetáculo que é uma
partida de futebol. Mas que foi somente a consequência de alguém que
esqueceu o verdadeiro sentido do esporte e foi à arquibancada mostrar seu lado
“desportivo”.
Que
depois do acontecido, o torcedor tenha plena consciência de que o time precisa de incentivo e
não de alguns que torcem pela violência nos estádios. Para que não sejamos
todos punidos pelos minutos de silêncio.
Revisado por Marcos Teixeira
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